SHEIKH NAZIM AL-HAQQANI

Sheikh Muhammad Nazim Adil al-Haqqani foi o Imam das pessoas que prezavam a sinceridade, reavivou a Ordem Naqshbandi no final do século XX, com conhecimento espiritual profundo do Alcorão e ética profética. Ele infundiu na comunidade e em muitas partes do planeta, o amor a Allah (swt), depois deste ter sido obscurecido com o fogo e a fumaça da tribulação e do terror, da ira e do sofrimento.

Sheikh Muhammad Nazim Adil al-Haqqani transportou a chama do conhecimento transmitido pelo Profeta Muhammad (saas) para o novo milênio, o século XXI. Graças a sua iluminada liderança, os ensinamentos da Cadeia Dourada mantêm-se hoje, tão atrativos aos buscadores da Verdade, como o era há mil anos. A Ordem Sufi Naqshbandi mantém-se num oásis de paz, num mundo de sofrimento e conflitos. Os seus membros são pacifistas por natureza e têm sempre sido defensores da tolerância religiosa. Os seguidores da Via Naqshbandi são construtores de comunidades, que aspiram estabelecer com a mais alta qualidade de vida baseada na consciência de Allah (swt) e nos exemplos do Profeta Muhammad (saas). Sheikh Nazim é conhecido por todo o mundo pelos seus incessantes esforços para promover a boa vontade e unificar diversas pessoas e grupos sob a Unicidade de Allah (swt).

Sheikh Nazim Adil al-Haqqani nasceu em Larnaca, Chipre, no dia 23 de Abril de 1922, um Domingo, no dia 26 do Shaban, 1340 H. A linhagem por parte do seu pai traça as suas raízes até Abdul Qadir Gilani, fundador da Ordem Qadiri. A linhagem por parte da sua mãe remonta a Jalaluddin Rumi, fundador da Ordem Mevlevi. Ele é Hasani-Husayni através das linhagens dos seus avós, ligando-o à Família do Profeta (saas). Da parte do seu pai recebeu a Ordem Sufi Qadiri, e da parte da mãe a Ordem Sufi Mevlevi.

Durante a sua infância no Chipre, sentava-se com o seu avô paterno, que era um Sheikh da Ordem Qadiri, para aprender a sua disciplina e espiritualidade. Sinais de sua tendência ao aperfeiçoamento espiritual se manifestaram desde cedo. A sua conduta era excelente. Nunca brigou ou discutiu com ninguém. Foi sempre sorridente e paciente. Tanto seus avós paternos, como maternos, o treinaram para o caminho espiritual.

Enquanto jovem, Sheikh Nazim foi muito reconhecido, dado o seu incomum desenvolvimento espiritual e conhecimento profundo do Islam. Todos em Larnaca [Chipre] o conheciam, pois desde tenra idade era capaz de aconselhar as pessoas, dando aporte e esclarecimentos.

Seu pai o mandou para estudar o conhecimento secular durante o dia e à noite ele estudava as ciências religiosas. Era um gênio entre os seus colegas estudantes. Depois de completar os seus estudos da escola secundária, todas as noites devotava o seu tempo estudando os ensinamentos das Ordens Mevlevi e Qadiri. Desde jovem conduzia os círculos de Dhikr (Lembrança de Allah – swt) das Ordens Qadiri e Mevlevi todas as noites de quinta-feira e sexta-feira.

Todos no Chipre o conheciam como uma pessoa de uma intensa espiritualidade. Ele aprendeu a Lei Divina, Jurisprudência, a Ciência das Tradições, Lógica, Tafsir e era capaz de tomar decisões legais acerca de todos os assuntos. Era capaz de falar acerca de todos os níveis espirituais. Tinha um dom para explicar realidades difíceis por intermédio de aforismos claros e fáceis de entender.

Depois de completar a escola secundária no Chipre, em 1940 mudou-se para Istambul, onde viviam os seus dois irmãos e uma irmã. Estudou engenharia química na Universidade de Istambul, no bairro Bayazit. Ao mesmo tempo, estudou a Lei Divina e a língua Árabe com Sheikh Jamaluddin al-Lasuni (falecido em 1955). Recebeu o seu diploma em engenharia química destacando-se dentre os seus colegas. Quando os seus professores universitários o encorajaram a seguir como pesquisador, o jovem Nazim respondeu, ‘Não sinto qualquer atração pelas ciências modernas; o meu coração é sempre arrastado às ciências do Islam’.

Durante o primeiro ano em Istambul, Sheikh Nazim conheceu o seu primeiro mestre espiritual, Skaykh Sulayman Arzurumi, um Sheikh de Ordem Naqshbandi (falecido em 1948). Enquanto estudou engenharia química também frequentou encontros do Shayk Sulayman para aprender a disciplina do Caminho Naqshbandi, em acréscimo aos métodos Qadiri e Mevlevi, de desenvolvimento espiritual.

Enquanto estudante, Skaykh Nazim era frequentemente visto na Mesquita do Sultão Ahmad, a meditar por si só pela noite à fora. Acerca disto afirmava:

“Lá recebi grandes benções e grande paz no meu coração. Fiz sempre a oração do amanhecer nessa mesquita com os meus dois guias, Sheikh Jamaluddin al-Lasuni e Sheikh Sulayman Arzurumi. Eles educaram-me e depositaram conhecimento espiritual no meu coração. Durante esse tempo tive muitas visões puxando-me na direção de Damasco mas não tinha ainda permissão do meu Sheikh. Muitas vezes nas minhas visões, através do aniquilamento de mim mesmo, vi o Profeta Muhammad (saas) a chamar-me à sua presença. Havia também, logo, um profundo anseio no meu coração em deixar tudo e migrar para a Santa Cidade do Profeta (saas). Um dia, quando esta ânsia no meu coração era particularmente intensa, tive uma visão na qual Sheikh Sulayman me segurava pelos ombros e me dizia ‘Agora a permissão chegou’. (…) o seu verdadeiro Sheikh, que também é o meu mestre, é Sheikh Abd Allah ad-Daghestani. Ele detém as suas chaves. Vá até ele em Damasco. Esta permissão vem de mim e do Profeta (saas). Essa visão cessou e com ela recebi a permissão para me deslocar para Damasco. Nas duas horas seguintes, procurei pelo meu Sheikh para lhe contar esta visão. Ele abriu os seus braços e disse-me, ‘Meu filho, está feliz com a sua visão?’ Então, soube que ele sabia de tudo o que tinha se passado. Ele disse: ‘Não espere. Dirija-se a Damasco’. Não me deu um endereço ou qualquer outra informação, exceto o nome, Sheikh Abd Allah ad-Daghestani em Damasco. Viajei de trem de Istambul para Aleppo, onde fiquei algum tempo. Enquanto lá estive, fui de Mesquita em Mesquita, orando, sentando-me com eruditos e passando o meu tempo em adoração e meditação. Depois viajei para Hama, que, tal como Aleppo, é uma cidade muito antiga. Tentei deslocar-me para Damasco mas era impossível. Os franceses, que ocupavam Damasco, estavam se preparando para um ataque dos ingleses. Por isso viajei para Homs (…), entrei na Mesquita e orei. Um irmão muçulmano veio até mim e me disse: ‘Tive um sonho esta noite, no qual o Profeta (saas) me apareceu. Ele me disse: ‘Um dos meus netos virá aqui amanhã. Toma conta dele por mim’. Ele mostrou-me o seu aspecto e vejo que você é essa pessoa’. Fiquei tão arrebatado pelo que ele disse que aceitei o seu convite. Deu-me um quarto na Mesquita, onde fiquei por um ano. Não saí exceto para orar e para me sentar na companhia de dois eminentes eruditos de Homs que estavam ensinando recitações [Tajwid] e exegese [Tafsir] do Alcorão [Quran], as Tradições [Hadith] e jurisprudência [Fiqh]. Eram o Sheikh Muhammad Ali Uyun as-Sud e Sheikh Abd al-Aziz Uyun as-Sud, os Muftis de Homs. Também assisti aos ensinamentos espirituais de dois Masheikh [plural de Sheikh] Naqshbandi, Sheikh Abd al-Jalil Murad e Sheikh Said as-Suba’i. O meu coração ansiava para ir à Damasco, mas devido à guerra estar intensa, decidi ir por um caminho mais seguro para Trípoli…”

No ano 1364H / 1944, Sheikh Nazim viajou para Trípoli de ônibus. Era aí um estranho, não conhecendo ninguém. Ao perambular por lá, deparou-se com Sheikh Munir al-Malek, o Mufti de Trípoli e o Sheikh de todas as ordens sufis na cidade. Ele aproximou-se e disse: “Você é o Sheikh Nazim? Tive um sonho no qual o Profeta (saas) me disse: ‘Um dos meus netos está vindo para Tripoli’. Mostrou-me o seu aspecto e disse-me para procurar por você neste local. Ele disse-me para tomar conta de você.”

Sheikh Nazim relata:
“Fiquei com Sheikh Munir al-Malek por um mês. Ele arranjou-me uma forma de ir para Homs e de Homs para Damasco. Cheguei a Damasco numa Sexta Feira, no início do ano 1365H / 1945. Eu sabia que Sheikh Abd Allah vivia no distrito de Hayy al-Maidan, perto do túmulo de Bilal al-Habashi e de muitos descendentes do Profeta (saas), um antigo lugar cheio de monumentos de há muito tempo. Não sabia qual das casas era a do Sheikh. Naquele momento apareceu-me uma visão, enquanto parado na rua, em que o Sheikh saía da sua casa e me chamava para entrar. Essa visão cessou, mas não via ninguém na rua. Estava vazia por causa do bombardeio dos franceses e ingleses. Toda a gente estava com medo, escondendo-se em suas casas. Estava sozinho na rua. Sondei o meu coração para saber qual casa era a do Sheikh. Então numa visão vi uma determinada casa com uma determinada porta. Assim que me aproximei para bater, o Sheikh abriu a porta. Disse: ‘Bem-vindo, meu filho, Nazim Effendi’. A sua aparência incomum atraiu-me de imediato. Nunca antes tinha visto um Sheikh assim. Luz irradiava do seu rosto e fronte. Calor vinha do seu coração e do brilhante sorriso no seu rosto. Levou-me escadas acima, subindo para o seu quarto dizendo-me ‘Temos estado à tua espera’. No meu coração estava completamente feliz de estar com ele, mas também tinha o anseio de visitar a cidade do Sagrado Profeta (saas). Perguntei-lhe: ‘O que devo fazer?’ Ele disse: ‘Amanhã lhe darei a sua resposta. Por agora, repouse’. Deu-me de jantar, e fiz com ele a oração da noite e dormi. Cedo de madrugada, acordou-me para uma oração extra da noite. Nunca na minha vida senti tal poder como aquele na sua oração. Senti-me mais conectado com Allah (swt) e o meu coração estava ainda mais atraído por Ele (swt) e admirei mais ainda Sheikh Abd Allah. Veio a mim uma visão. Vi-me a mim próprio subindo umas escadas a partir do nosso lugar de oração para o Bayat al-Mamur, a Kaaba dos céus, degrau a degrau. Cada degrau era um estado em que ele me colocava. Em cada estado, recebi no meu coração conhecimento que nunca antes tinha aprendido ou ouvido. Palavras, frases e afirmações foram sendo reunidas de uma forma tão magnífica nessa via, transmitidas ao interior do meu coração em cada estado ao qual fui elevado, até alcançarmos a Bayt al-Mamur (…) Assim que a oração acabou, acabou a visão e ouvi o Sheikh me dizer para fazer o chamado para a oração do alvorecer. Ele efetuou a oração da alvorada e eu orei atrás dele. Lá fora podia ouvir os bombardeios dos dois exércitos. Ele me deu a iniciação na Ordem Naqshbandi e me disse: ‘Ó meu filho, temos poder tal, nos concedido por Allah (swt), que num segundo podemos fazer com que o nosso discípulo atinja o seu estado. Mal disse isto e olhou para dentro do meu coração com os seus olhos. Enquanto o fazia, eles mudaram de amarelo para vermelho, depois para branco, depois para verde e preto. A cor dos seus olhos mudou à medida que derramava no meu coração o conhecimento associado a cada cor. A cor amarela foi a primeira e correspondeu ao estagio do coração (qalb). Ele derramou no meu coração todo o tipo de conhecimentos do exterior necessários à vida diária das pessoas. Depois derramou a partir do estagio do segredo (sirr) o conhecimento de todas as quarenta ordens provenientes de Ali ibn Abi Talib (ra). Vi-me como mestre em todas estas ordens. Enquanto transmitia o conhecimento deste estágio, os seus olhos eram vermelhos. O terceiro estágio, que é o do segredo dos segredos (sirr-a-sirr), apenas é permitido a Masheikh da Ordem Naqshbandi, cujo Imam é Abu Bakr (ra). À medida que derramava para dentro do meu coração a partir deste estagio, os seus olhos tinham a cor branca. Então ele me conduziu para o Estágio do Oculto (khafa), a estação do conhecimento espiritual secreto, no qual seus olhos mudaram para verde. Então, levou-me ao estado/estágio da completa aniquilação, o estado/estágio do mais oculto no qual nada aparece (akhfa). A cor dos seus olhos era o preto. Aqui ele trouxe-me à Presença de Allah (swt). E depois, trouxe-me de volta à existência. Naquele momento o meu amor por ele era tão intenso que não era sequer capaz de imaginar estar longe dele. Não desejava nada senão ficar para sempre com ele e servi-lo. Então, abateu-se a tempestade, o tornado desceu, e a turbulência ameaçou a calma. O teste era gigantesco. O meu coração estava em desespero quando ele me disse: ‘Meu filho, a sua gente está necessitando de você. Por agora, dei-lhe o suficiente. Vá hoje para o Chipre’. Demorei um ano e meio para chegar até ele e passei uma única noite com ele. E agora ele me ordenava que voltasse ao Chipre, um lugar que não via há sete anos. Era para mim uma terrível ordem, mas no Caminho Sufi, o discípulo deve render-se e submeter-se à vontade do seu Sheikh [para aprender a se submeter à vontade de Allah (swt)]. Depois de beijar as suas mãos e pés, e com a sua permissão, procurei encontrar uma forma de viajar para o Chipre. A Segunda Guerra Mundial estava chegando ao fim. Não havia transportes. Enquanto estava na rua pensando estes pensamentos, uma pessoa chegou-se a mim e disse: ‘Ó Sheikh, precisa de uma carona?’ Eu disse: ‘Sim! Para onde vai?’ Ele disse: ‘Para Trípoli’. Levou-me no seu caminhão e em dois dias alcançamos Trípoli. Quando aí chegamos, disse: ‘Leve-me ao porto’. Ele disse ‘Para quê?’ Eu disse, ‘Para encontrar um barco para Chipre’. Ele disse ‘Como? Ninguém está viajando por mar com esta grande guerra acontecendo’. Eu disse, ‘Não se preocupe com isso. Deixe-me apenas lá’. Ele me levou ao porto e me deixou lá. Fiquei de novo surpreso quando vi Sheikh Munir al-Malek vir ao meu encontro. Disse: ‘Que amor é esse que o seu avô tem por você? O Profeta (saas) surgiu-me de novo nos meus sonhos e me disse: ‘O meu neto Nazim está à caminho. Tome conta dele’. Fiquei com ele três dias. Pedi-lhe que me arranjasse uma passagem para o Chipre. Ele tentou, mas àquela altura era impossível, dada a guerra e a falta de combustível. Não encontrou nada exceto um barco à vela. Disse-me: ‘Pode ir, mas é perigoso’. Eu respondi: ‘Tenho que ir, porque é uma ordem do meu Sheikh’. Sheikh Munir pagou ao dono um alto preço para convencê-lo a me levar. Zarpamos. Levamos sete dias para chegar ao Chipre, uma viagem que normalmente leva quatro horas de barco a motor. Assim que cheguei em terra e pus os meus pés no solo de Chipre, imediatamente uma visão espiritual foi aberta ao meu coração. Vi o GrandSheikh AbdAllah ad-Daghestani dizendo-me: ‘Ó meu filho, nada o impediu de cumprir a minha ordem. Alcançou muita coisa ao ter ouvido e obedecido. A partir de agora eu estarei sempre visível para você. Em qualquer momento que o seu coração se dirija a mim, eu estarei aí…’

Shiekh Nazim começou a ensinar o Islam e a guiar as pessoas espiritualmente no Chipre. Muitos seguidores foram até ele e se iniciaram na Ordem Naqshbandi. Curiosamente foi em uma época em que a religião estava proibida na Turquia, e como ele estava na comunidade turca do Chipre, a religião estava proibida ali também. Inclusive fazer o chamado para a oração estava proibido.

Sua primeira ação depois de chegar à sua terra natal foi ir à Mesquita e fazer o chamado para a oração em árabe. Imediatamente foi preso. Ficou na prisão uma semana, e quando o libertaram, foi à Grande Mesquita de Nicósia e fez novamente o chamado para a oração do minarete da Mesquita. Isso deixou as autoridades iradas e prometeram levá-lo diante de um juiz. Enquanto ele esperava o dia de seu julgamento, foi por toda Nicósia e às cidades vizinhas fazendo o chamado para a oração em cada minarete que encontrava. Desta maneira, ele responderia por mais infrações. Os advogados lhe aconselharam a parar de fazer o chamado para a oração. Mas, ele disse:

“Não, não posso. As pessoas devem escutar o chamado para a oração.”

O dia de seu julgamento chegou, para julgar os 114 casos de chamada de oração que ele havia feito, o que lhe daria uma pena de mais de 100 anos de prisão [como que 1 ano de prisão para cada 1 chamado para a oração]. No mesmo dia chegou o resultado das eleições da Turquia, e um homem chamado Adnan Menderes sucedeu o poder. Sua primeira ação como presidente foi abrir todas as Mesquitas e permitir o chamado para a oração…

Durante seus anos ali, Sheikh Nazim viajou por todo o Chipre, também pelo Líbano, Egito, Arábia Saudita e muitos outros lugares para ensinar o Caminho Sufi. Voltou para Damasco em 1952 quando se casou com uma das discípulas de Grandsheikh, Hajjah Amina Adil. A partir deste momento passou a morar em Damasco e visitar o Chipre todos os anos, por 3 meses, nos meses de Rajab, Shaban e Ramadan. Sua família vivia em Damasco com ele e viaja com ele ao Chipre. Teve duas filhas e dois filhos, dos quais o mais velho herdou seu mandato espiritual e suas funções de mestre da distinta Ordem Naqshbandi Sheikh Mehmet Adil.

Dirigindo o Dhikr na Mesquita de Peckham em Londres:
Em 1394H / 1974, começou a visitar a Europa, viajando todos os anos do Chipre à Londres de avião e percorrendo toda a Europa por terra de carro. Ele se encontrava com todas as pessoas de todos os tipos, vindos de todas as partes e que falavam diferentes idiomas, e das mais diferentes crenças possíveis e diferentes culturas. As pessoas faziam a Shahada (testemunho de fé – reversão ao Islam) com ele e se iniciavam na tariqat, a qual dava as instruções e orientação espiritual. Suas viagens não se limitaram ao norte da Europa, ou à Inglaterra, Alemanha, França, mas também percorreu países como Espanha, Itália, e mesmo EUA, Malásia, as antigas Repúblicas Soviéticas e também diversos outros países do Oriente.